DJ SCREW: A HISTÓRIA DO ESTILO SCREWED & CHOPPED

Você q sempre pega música na Internet, já deve ter baixado alguma vez algum som com a velocidade super lenta, principalmente se for rap do sul dos EUA... Provavelmente nas primeiras vezes que pegou algo assim, voce deve ter jogado fora achando que o arquivo tava com erro ou algo do tipo, mas se você - assim como eu - ouviu e gostou disso mas não entendia o porquê de fazerem versões assim, e de até haver albuns e mixtapes inteiras assim... Aqui vai toda a história sobre esse estilo que é marca registrada do rap do Texas, sobre seu inventor DJ Screw e seus seguidores.
Nessa matéria você vai conferir além da história de todo esse legado, depoimentos com celebridades como: Bun B. (UGK), Paul Wall, Dr. Dre, etc..
A materia foi postada originalmente em ingles no site da MTV americana e traduzida pelo Nefasto... 3 Kings 4 Life!


PS: Obrigado 51/50 pela ponte... Muito amor vagabundo...


Não há nada que torne fácil distinguir o prédio da Screwed Up Records & Tapes na Cullen Boulevard no sul de Houston dos outros prédios dilapidados nesse bairro industrial, ao lado da principal estrada da cidade. O exterior bege está descascado em várias partes, as cortinas que cobrem as pequenas janelas do prédio não funcionam, e água vaza do pavimento de linóleo durante as frequentes pancadas de chuva que assolam a cidade.
E mesmo assim, esse pequeno e indescrítivel prédio é a casa de um dos mais importantes - e surreal - movimentos musicais a nascer nas últimas duas décadas: Screwed & Chopped (ou Chopped & Screwed - qualquer um está correto). A música Screwed & Chopped é a oposição do pesada e louca levada do Crunk de Atlanta: As músicas são literalmente mais lentos a uma levada tipo melosa, e as batidas e a voz saem dos auto-falantes bem devagar. O resultado é um balanço lento e pesado, que nos últimos 14 anos, tem exercido uma grande influência na cultura Hip-Hop Sulista.
"É o som do Texas," diz Jones. "Pessoas ao redor do mundo estão começando a gostar dele, e chegou a nossa hora de brilhar."
A Screwed Up Records & Tapes é a loja que mantem viva a memória de Robert Earl Davis Jr., também conhecido como Dj Screw, o DJ de Hip-Hop de Texas que inventou e deu o nome da música Screwed. Ninguém sabe exatamente como ou quando Screw criou esse som lento, mas membros de sua banca do sul de Houston, a Screwed Up Click, dizem que Screw tocava essa música em seus toca-discos em 1991 e ocasionalmente descobriu que reduzindo dramaticamente o pitch do toca-discos, o som ficava mais pesado e mais envolvente.
"Um dia ele pegou um album do Mantronix - esse foi o primeiro som que eu ouvi [com lentidão]," relembra Big Bub, primo de Screw e o cara que controla a Screwed Up Records & Tapes, que vende muitas das velhas fitas de Dj Screw. "Ele tocou a música num tom bem lento e realmente gostou do modo como saiu. Ele continuou mexendo com o som, mexendo, e um ano depois, ele fez uma fita toda com lentidão."
"Ele diminui a velocidade do som então a batida fica mais pesada e mais profunda," explica o rapper de Houston e compositor Devin The Dude. "Quando tinha um som desse tocando, você podia sair de calada e rodar por ai a noite inteira."
Enquanto o som tem um estilo West Coast como o rap de Dr. Dre e DJ Quik (o rapper favorito de Screw era C-Bo), seu ritmo é uma reflexão única do Sul . "No Sul, a gente é mais sossegado," diz Jackson, rapper de Mississippi David Banner, que se lembra de ouvir Screw pela primeira vez em 1994. "Não é rápido e alto como o resto - é uma música pra você colocar no carro e relaxar."
Screw rapidamente fez suas mixtapes difundir seu novo estilo para sua vizinhança no Houston. "Quando você diz, 'Screwed Music,' você tem que entender que por vários anos, ela sempre foi isso, só não tinha um nome," explica Bun B, metade do veterano grupo de Texas, UGK. "Não era chamado 'Screwed & Chopped' quando ele fazia esse som, era somente uma 'Screw Tape' - e todos queriam ter aquela Screw Tape." "Ter uma Screw Tape na epoca era como ter um par de Air Force Ones [tênis] nos dias de hoje." diz um antigo amigo de Screw e rapper de Houston, E.S.G. "Se você não tivesse uma Screw Tape na sua estante, você não tava ligado no que tava rolando." As fitas de DJ Screw (também citadas como "Gray Tapes" por causa das fitas cinzas nas quais eram gravadas) eram sempre organizadas por temas - uma mixtape com músicas sobre dar um rolê de carro, por exemplo.
Screw também fazia fitas customizadas para os manos da 'quebrada'. "Você podia comprar uma fita por $10," se lembra Bun B. "E por $15 você podia dar uma lista de músicas que você queria e ele ainda citava seu nome na fita. Por uma quantia a mais você podia vir na casa dele e dar um salve para os seus manos você mesmo."
Algumas das mixtapes de do DJ Screw

Os 'salves' levavam aos freestyles, que levou a uma banca inteira de MCs contruidos sobre a técnica de DJ Screw. A banca, a Screwed Up Click, inclui MCs como E.S.G., Lil' Keke, Big Pokey e Hawk, que se tornaram lendas em sua area - e construiram suas carreiras baseados totalmente em rimas lentas. O rapper Lil' Flip, embora não fosse da banca Screwed Up Click, também lançou sua carreira em cima das fitas de Screw. Ele gravou duas fitas com Screw - Freestyle King e Southside Still Holdin' - e criou seu nome em cima delas. "Essas fitas ainda vendem nos dias de hoje," diz Big Bub. Flip gostou do som de Screw, e ao invés de migrar para o padrão normal do jogo das mixtapes - com músicas na velocidade normal - Flip gravou uma versão Screwed da mesma mixtape. Esse lançamento "duplo" de uma única mixtape ajudou ele a ser o primeiro rap star da area.
"O que Screw fez por várias pessoas foi dar uma carreira para todos nós," diz Hawk. "Todos os membros dessa banca irão representar Screw pelo resto de nossas vidas por isso, idéia quente.'
Até os meados dos anos 90, o som lento de Screw era limitado ao lado sul da H-Town. Mas logo o som começou a chegar ao norte de Houston, onde um veterano DJ chamado Michael "5000" Watts adotou a técnica e começou a representar sua quebrada. "Tudo que Screw fazia só representava o lado sul," diz Watts. "Já que eu fazia algumas mixtapes por aqui, os manos da minha area ficavam dizendo, 'você precisa fazer esse seu som representar a gente.'"
Watts diz que começou a usar a técnica em 1996. Ele iniciou a Swisha House Records, que com a força de suas mixtapes, rapidamente se tornou uma das maiores gravadoras de Houston, criando sua própria lista de artistas, incluindo rappers de hoje como Mike Jones e Paul Wall. Embora tenha se criado uma certa rivalidade entre norte e sul, entre os criadores e os seguidores, Watts é cuidadoso em demonstrar respeito ao inventor do estilo chamando a música de Screwed & Chopped.
"Essa música foi criada por DJ Screw, ele foi o primeiro e sempre será," ele diz.
"As pessoas dizem, 'Vocês querem ser como Screw,' mas não é isso," diz O.G. Ron C., atualmente um dos melhores DJs fazendo música Screwed & Chopped em Houston. Ron era uma personalidade do rádio em meados de 1990 e era também da primeira onda de artistas da Swisha House antes de brigar com Watts em 1999. "Queríamos ouvir nossas ruas sendo citadas na música e nossa vizinhança falando sobre as paradas que estavamos fazendo no nosso lado da cidade."
Bun B diz que com o tempo, como a música Screwed & Chopped começou a crescer, a distinção entre lider e seguidor foi perdida. "Com a mudança das gerações, os mais novos que chegam não se importam quem está fazendo o som," diz Bun B. "Então Watts foi capaz de estabelecer um nome com o que ele estava fazendo lá em cima [no lado norte]
Enquanto Screw era o inventor, Watts é creditado como o homem que tornou o som popular além das bordas de Houston. Ele fez uma radiodifusão de um mix-show especial de Screwed & Chopped na sua rádio local, e extendeu as vendas das mixtapes da Swisha House além do Sul. Watts também ajudou a patrocinar a técnica "Chop". Aproveitando seu passado como DJ de festas, Watts cortava entre duas cópias da mesma música, criando uma espécie de batida dupla da mesma música que trazia um novo balanço ao ritmo das mix. Essa sincopação é uma típica emenda do DJ que impõem uma única representação na terra das batidas lentas, adicionando uma textura que lembra da música Dub Jamaicana.


Para Watts, a técnica de remix da música Screwed & Chopped representa o tipo de inovação artistica que ele sempre procurou na música. "Há uma arte nisso, e as pessoas que ouvem o som sentem a arte," ele diz. "Uma vez que você percebe o que é, você pode realmente sentir."
Com certeza, não era só o ritmo mais lento da vida no Sul que era associado a música Screwed & Chopped. Era também a cultura das drogas se espalhando por Houston na epoca - especificamente, a consumação de um xarope para tosse com prescrição médica chamado Promethazine, que incluia codeína. O elixir tinha vários nomes - syrup, drank, Texas tea - e suas qualidades desanimadoras eram a base para uma subcultura ilegal construida em seu consumo abusivo e as letargicas batidas da música Screwed & Chopped.
"Todo mundo gosta de curtir sua parada, tá ligado, alguns metódos de se sentir melhor quando estão com os manos," diz Devin The Dude. "Mas [syrup] não é um barato para você brincar."
"O Drank já está aqui faz tempo - os caras da antiga já bebiam isso na época deles," diz Hawk, se referindo a uma geração de sua área de 1960 a 1970. "Mas em 91 ou 92 chegou aqui pra valer e todo mundo queria experimentar ou cair de cabeça."
Um fato que deixou toda a comunidade Hip-Hop de Houston mais precavida ocorreu no dia 16 de Novembro de 2000, DJ Screw foi encontrado morto em sua casa. Embora os médicos tenham encontrado codéina no seu corpo - provavelmente do Syrup que sua banca toda disse que ele gostava de tomar - sua morte não teve uma causa definida. Big Bub, primo de Screw, disse que Screw havia sido diagnosticado com problemas do coração.
Bun B ainda disse, "Isso fez as pessoas avaliarem sua ações. Incluindo eu mesmo - não vou mentir."
Na época da morte de DJ Screw, todo o estilo Screwed & Chopped já tinha se infiltrado no resto do Sul: O som podia ser ouvido em mixtapes em Atlanta, New Orleans e Miami. Grupos como Three 6 mafia em Memphis, Tennessee, já estavam fazendo albuns em Screwed & Chopped; em 2000 ele tiveram um pequeno sucesso com uma música chamada "Sippin' On Some Syrup" que falava sobre as virtudes do Drank e da música Screwed.
Após a morte de Screw o som deslanchou, como em respeito a sua memória. "Eu acho que as pessoas viram que mesmo com a morte de Screw, o que não podia ser negado era o fato de que essa cidade tinha uma personalidade; essa cidade tinha seu próprio som," diz Bun B. E logo após o som cultivou uma comunidade de rap star do syrup, rappers como Slim Thug, que teve os três primeiros albuns lançados como CDs Screwed & Chopped.
Em 2003, David Banner ficou muito conhecido ao ser o primeiro artista a lançar uma versão Screwed & Chopped de um album (sua estréia em uma grande gravadora, Mississippi: The Album) em uma grande gravadora, alguns meses após a versão normal ser lançada nas lojas.
"Eu sou do Mississippi, estamos bem próximos de Texas," diz Banner. "Mas eu sempre digo para as pessoas que esse som é do Texas. Você tem que dar os créditos a Screw e ao Texas. Só quero que as pessoas saibam que isso faz parte da cultura do Texas."
Banner chamou Watts para fazer o remix, uma vez que Watts se tornou o principal embaixador do som Screwed & Chopped após a morte de Screw. Mississippi: The Screwed And Chopped Album vendeu aproximadamente 50,000 cópias no Sul, assim como nos lugares menos prováveis como St. Louis, Philadelphia e Washington D.C. Logo após a gravadora de Banner, Universal Records, exigiu versão remixadas em Screwed & Chopped de toda a lista de rappers do Sul, incluindo a banca da Cash Money Records. Recentemente, artistas como T.I., UGK e Mystikal lançaram uma versão em Screwed & Chopped de seus albuns, abrindo um novo leque de fãs fora de Houston.
"Nossas vendas [em CDs em Screwed & Chopped] crescem todo mês. Não dá nem para deixar no estoque," diz Danny Blaq, que controla a Baylo Entertainment, uma distribuidora de CDs de rap. "Wisconsin, Seattle, Illinois, até mesmo outros países. Vendemos para vários caras no exército."
O som Screwed & Chopped começou a se tornar muito popular. O ritmo lento de "Still Tippin" - que pega o refrão de um freestyle em Screwed & Chopped de Slim Thug - camufla as grandes batidas da maioria dos outros raps, ao invés de de imitar os ritmos mais baixos quase sempre encontrados em remixes screwed de
outras músicas rap. Os singles seguintes de Jones, Wall e o resto da nova geração de novos artistas de Houston seguiram esse mesmo modelo.
O som parece que está influenciando artistas de fora do Hip-Hop. O grande sucesso de Ciara "Oh", com sua batida deslizante e com suas pulsantes repercussões, movendo-se num ritmo muito lento, mais lento do que a maioria das músicas R&B atuais, um estilo de seus produtores, Dre & Vidal, que eles admitem ser influenciado pelo som Screwed & Chopped. "Quando ouvi pela primeira vez a música [Screwed], pensei, 'o que é isso? será que é um erro?,'" ri Dre. "Nós pegamos a base e colocamos nosso toque nela pra fazer a música da Ciara."
E não importa o quão conhecido o som de Houston se torne e até qual parte do globo ele chegue, a música Screwed & Chopped sempre será parte da identidade da cidade - e da pessoa da qual recebeu seu nome, DJ Screw.
"A música de Screw é importante para a cultura - é o que mantém a cultura unida aqui no Texas," diz Paul Wall. "Então quando dizemos a palavra 'Screwed,' é muito mais do que a música ser mais lenta. É a sustentação de um legado."
"Tem uma coisa," diz Bun B. "Não importa o que aconteça: Se eu parar, Geto Boys parar, e ninguém mais escrever uma rima, nos livros de história estará escrito, 'Música Screw: Houston, Texas.' Ninguém pode mudar ou nos tirar isso."

Lembrete:

Se voce se interessou sobre Screwed & Chopped e quiser saber mais, acesse o link na nossa lista de sites, o portal da gravadora Screwed Up Records, e entre na comunidade do DJ Screw no Orkut, pra acessar, clique AQUI.


http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1618244

No Brasil o rapper e produtor Eazy Kaos é o unico com autorização oficial dos manos da Screwed Up Click..

Eazy em 2006 lançou a primeira mixtape Nacional em Screwed & Chopped .

Baixada Santista tomando de assalto!

Quem acompanha o rap internacional de diversos países, percebe que dentro de cada país, o som tem características e varia de região para região. Os Estados Unidos por exemplo, muitos dividem o rap de lá nos já conhecidos rótulos "Gangsta LA " e "Nova York" na maioria das vezes, pois bem, não é bem assim que a coisa funciona, lá existe o estilo de som mais ou menos para cada região, "west side" tem o seu estilo, "east" também tem o seu, "midwest" e o "south"

No Brasil é fácil apontarmos para grupos em evidência e saber que a maioria é de São Paulo (cidade), uns do interior do estado de São Paulo, mais talvez 2 ou 3 do Rio de Janeiro e uma fatia mínima para o Sul. Sabem também que nas outras inúmeras regiões do país existem grupos, rappers e produtores de talento que não vem ao grande público devido a falta de espaço. Com isto o rap ironicamente, não se renova e o jogo acaba ficando mais ou menos como se encontra nos dias de hoje, estando estagnado. Mas fazendo um barulho regional e já atingindo outras regiões. Na Baixada Santista, vários grupos e rappers estão divulgando os seus trabalhos seguindo um movimento semelhante ao "Dirty South". Já é fato que a Baixada Santista está batendo na porta para participar da "festa" do rap nacional e vem se concretizando que se a porta não for aberta por boa vontade, será arrombada.

Varios grupos da Baixada estão colocando a disposição na Internet músicas a todo instante bem como em, mixtapes, cd's, clipes e na própria região colocando nas ruas, cd's, dvd's, há também na região inúmeras vezes citada representada pelas cidades, Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Praia Grande, campeonatos de Freestyle, shows, assim como vem fazendo a "Liga Dos Rappers Do Litoral" que conta com 10 grupos em sua totalidade. Em meio a todo esse movimento temos os grupos: VDA, TH, Faul, Nego Léo, Verbo Terrorista, Fusão Bélica, Hostil, DRK, Resultados Do Sistema, Mr Problema, Produtos Da Rua, Sobreaviso, Sacerdotes, Erre-L, H2Loko, Grande Máfia, Conspiração, RO3P, Lord's DF, Tarja Preta e inúmeros outros que falha a memória para citar todos aqui. Dessa forma que Baixada Santista acaba lembrando o sul dos EUA, que não vem apenas com um nome despontando mas vários , isso sem falar dos produtores, como é o caso do Cuco, Hostil e Faul entre outros, que vem se destacando na região.

Se a pergunta é Quando? - A resposta é o tempo ou melhor pouco tempo!! Porque já está para vir muitas novidades de Nego Léo, TH & Faul que se reuniram pra fazer um trampo juntos e já está pronto o primeiro single, VDA terminando mais um clipe e acabando o segundo álbum, Verbo Terrorista terminando a sua mixtape, Mr. Problema gravando clipe e terminando o seu álbum, tem a Liga Dos Rappers Do Litoral que estará lançando nas ruas a mixtape e o DVD, e muitos outros trampos. Todos os projetos encaminhados senão prontos, estão no forno. Sem esquecer também dos sites e vídeoclipes que senão estão prontos estão sendo refeitos. Tudo isso é o que está por vir, sem contar as coisas que já foram lançadas anteriormente.

Tal "motivação" ... digamos assim, é muito difícil no rap nacional devida as condições financeiras mas que não desanima aqueles que fazem com coração e vivem o rap, dessa forma fiquem atentos 2006/2007 Baixada Santista para todo mundo com inúmeros lançamentos e muita qualidade, jamais vista antes.

História do Grillz

Quem atirou em JFK? Os aliens estão na Area 51? Bush realmente derrubou as Torres Gêmeas? Essas perguntas tem gerado muitas teorias de conspiração para citar todas. Mas todas elas somadas não chegam ao número de teorias sobre a origem/significado/importância da Grillz. Talvez você tenha ouvido alguma dessas: Durante a escravidão, os escravos não tinham planos de assistência médica dentária e nem visual. No entanto, em algumas ocasiões, os donos de escravos permitiam rudimentares cirurgias dentárias em seus escravos. Isso, é claro, era uma regalia dos escravos machos mais fortes, aqueles que os donos de escravos não podiam deixar morrer por causa de uma infecção relacionada a uma cárie dentária. Os aparelhos dentários que os escravos recebiam eram sempre de cobre, aluminio e algumas vezes de bronze, serviam para tampar os buracos nos dentes. O metal em suas bocas se tornou um simbolo de poder demonstrando seu valor para o patrão, e sua superioridade sobre os outros escravos, quanto mais metais, mais importantes eles eram. Mostrar os dentes com cobre era um modo de mostrar que você era importante, e consequentemente você era intocável. Hmm... Vamos fazer um debate saudável e conversar sobre as 3 teorias mais conhecidas sobre a origem e uma pequena análise histórica dos fatos pertencente a cada teoria.

Teoria 1: O Grillz surgiu no Sul

A idéia de que usar ouro nos dentes se originou no Dirty South (Mississippi, Georgia, Alabama, Louisiana) é atualmente parte de uma grande idéia de que tudo que se relacione com a cultura Negra começou no Sul. Embora essa teoria seja amplamente verdadeira (amplamente, não completamente) essa teoria não exata e nem precisa o suficiente para ter sentido. É verdade que o que você e eu consideramos Grillz nos dias de hoje (usar metais preciosos ou diamentes no lugar dos dentes) tem suas raízes no Dirty South. Essa teoria carece de exatidão porque o Sul é IMENSO e falta precisão na afirmação porque Grillz (nos dias atuais) não se refere somente ao aparelhos nos dentes. Em outras palavras, dizer que o Grillz vem do Sul é como dizer que o Krispy Kreme veio da França. É claro, os doughnut vieram da França, mas qualquer um que quase tenha causado um acidente tentando dar uma meia volta após ver uma placa "Hot Now" pelo retrovisor vai dizer que Krispy Kreme revolucionou a indústria dos doughnuts. O que quero dizer é que o que era chamado de Francês mudou drasticamente e não pode mais ser chamado de Francês. O mesmo acontece com Grillz. Os icones atuais do Hip-Hop pegaram o Grillz e o tornou em algo diferente. Grillz escorrega pelos dentes e consiste de metal ou pedras preciosas como platina e diamantes. Dependendo da pedra, metal ou número de dentes o preço pode variar de $50 dolares para milhares de $$$. Os antecessores do Grillz não eram faceis de serem retirados e era preciso redesenhar os dentes para acomodar a coroa, frequentemente de ouro, prata ou platina. Agora, os Grillz customizados requer uma molde dentário sob o qual o metal e as pedras são colocados.

Teoria 2: Os Hot Boys criaram Grillz.

Essa é uma mentira deslavada. Embora Turk, BG, Juvenile e Lil Wayne deram ao Grillz bastante exposição, eles não foram os criadores. Há muita especulação sobre quem foi o primeiro rapper a usar Grillz. A moda Grillz começou realmente a tomar forma muito antes - durante meados dos anos 80. Muitas pessoas dão o crédito a Eddie Plein de Nova Iorqu e (dono da Eddie's Gold Teeth) por dar inicio a coisa. Plein era o cara que ornamentava a boca de Flava Flav com uma série de Grillz de ouro, e logo após vários rappers de Nova Iorque seguiram a moda, incluindo Big Daddy Kane e Kool G Rap. Plein então se mudou para Atlanta e começou a desenhar Grillz mais elaboradas (e mais caras) para artistas tipo Outkast, Goodie Mob, Ludacris e Lil Jon. Quando o Sul explodiu como a maior força dentro do Hip-Hop em meados de 2000, o mesmo aconteceu com o fenômeno Grillz. Partindo desse ponto podemos seguir a linhagem do Grillz de Atlanta para Memphis (8-Ball & MJG) para New Orleans (No Limit, Cash Money), para Houston (Bun B, Paul Wall), para St. Louis (Nelly). E é claro, os nativos da Bay Area também afirmam que o Grillz é uma tradição local (Too Short, outros).

Teoria 3: Ter um Grillz significa que você é durão.

Vamos falar sério. Bow Wow também usa Grillz. Grillz é parte do Hip-Hop desde o seu começo, e tudo indica que ela não vai sumir tão cedo. Como tudo dentro do Hip-Hop, Grillz é um grande negócio. Companias estão se espalhando por todo o país e atendem unicamente ao mercado das Grillz, com nomes tipo Got Grillz, GoldTeeth.com e Mr. Bling. Com um número ilimitado de propagandas apoiadas por legiões de artistas usando Grillz (Eu vi uma esses dias com Regis e Kelly) o movimento Grillz não parece estar no seu auge. É claro, tem os invejosos. Escolas nos distritos de Alabama e Georgia proibiu os alunos de usarem Grillz nas classes de aula, atitudes similares estão sendo tomadas no Texas. Aparentemente alguns professores não se sentem bem com estudantes roubando joalheiras e pedindo para os donos fazerem um Grillz. E não vamos nos esquecer os advogados incômodos da saúde dentária que apontam os riscos de saúde por usam um objeto de metal na boca por muito tempo, como cáries, doença de gengiva e perda de ossos.